domingo, 25 de abril de 2010

acaso


Te escrevo porquê surgiu a necessidade e me encontro sozinha fumando o último Marlboro da carteira nessa noite de sábado, me protegendo do frio cortante que está fazendo lá fora. Nem ao menos sei se lhe entregarei está carta algum dia, mas preciso lhe contar o quanto me sinto perdida em relação ao meu futuro, aos meus amigos e aos meus romances sempre tão passageiros. Eu não consigo permitir que as pessoas me invadam muito, eu me sinto muito vulnerável depois que elas conseguem descobrir muitas das coisas que só você tem o direito de saber. Eu gosto de quando elas se interessam pelo mistério que sou capaz de causar, acontece que elas sempre estão ali me pressionando para acabar com a linha que existe entre eu e elas e que nos causa um distanciamento saudável. Eu não queria que fosse assim, queria que elas gostassem de mim exatamente da forma que me encontraram, mesmo com a linha que existe entre eu e elas, deviam saber que posso ser muito assustadora se a linha se romper, completamente estranha e presa na minha loucura, que com a linha é fascinante de sentir, mas que sem a linha é aterrorizante. Estou aqui ouvindo Anna Ternheim, incrível como ela me trás uma sensação que não posso explicar com palavras, mas que lhe garanto que é linda de se sentir. Assim que você chegar vamos ouvir uma música dela que se chama I say no, eu creio que você vai gostar, pois além disso vamos estar juntos e estarei te enchendo de carinhos, em todos os sentidos. Eu não to com muita pressa para te encontrar, ainda não me sinto preparada, mesmo sabendo que você vai me amar mesmo quando eu cortar a linha que me separa das demais pessoas e que entre nós dois não vai haverá nenhuma barreira, não irá ter nenhum tipo de distâncias. Eles dizem que sou uma sonhadora e que você jamais vai aparecer, mas eu sei que vai, baby, eu sei que você mesmo que não tenha consciência só está esperando o momento certo, o momento que não haverá graves atritos e que nada vai poder nos separar. Eu sinto que iremos viajar por um espaço de cor indefinida, cheio de estrelas madura; e não vamos sentir medo, pois finalmente estaremos juntos, e eu muito vou te amar e você vai me amar tanto, mesmo que a gente nunca consiga definir a profundidade deste sentimento que vamos sentir e que ainda sejamos desconhecidos até então.

Um comentário:

Nadine disse...

Lindo! *-* É, eu nunca consigo definir a profundidade do sentimento ;~

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