Do amor que se expande no sexo

No cabelo, na sua cara, no seu pescoço
Lentamente nas suas costas
Devagar na sua virilha
Com força nas suas pernas
Com delicadeza nos teus pés
Os meus dedos vão percorrendo.
Só pra ver se do cabelo aos pés
Consigo ter o seu coração em minhas mãos.
Pois se o meu olhar não foi preciso para acertar-te em cheio
Quem sabe o nosso tesão.

A boca

'Na linha reta de tua costa
 Na curva da tua cintura
 No oval dos teus dedos
 No macio das tuas coxas
 Me deito
 Me expando
 Me preparo para receber:
 Tudo aquilo que sua boca tem a dizer aos meus ouvidos que mesmo fartos, ouvem a ti;
 pelo bonito fato de ver teus lábios se mexendo para minha egocêntrica alma.'

 Rayane Càssia

Ufa!

Maria acordou, olhou para o despertador e imediatamente para as horas, como sempre atrasada para seus compromissos diários. Levantou desesperada e foi se arrumando em poucos minutos, contrariando os que adoram jogar na cara das mulheres as suas demoras nestes momentos. Maria tomou um café e comeu apenas uma fruta, uma pêra. Maria saiu de casa, olhou as horas no celular dessa vez, olhar caí no calendário e ‘Ufa’ já é setembro. Maria vibrou, só não gritou e pulou de alivio e alegria, devido aos olhares críticos que, vocês sabem, vivem na paisagem urbana. Agosto passou, Maria Vibrou, e a cadela louca, pirada, desvairada, em que Maria havia se transformado no mês passado, se foi. Rayane Cássia