segunda-feira, 10 de junho de 2013

Angel-ina.



Dizem que Angelina significa anjo, e por conta disso decepcionei muitas pessoas.
Não houve intenção, as coisas foram acontecendo, e os estragos não podendo ser reparados.
Pena? Sentia sempre, mas era de mim mesma. Ser sempre tão aguardada para salvar corações enjaulados de deletérios me fez ter uma extrema compaixão por existir, por não poder fugir dessa sina que a vida me colocou.
Quisera eu dar a solidão de mim mesma a mim.
Quisera eu me libertar das grades, assim como um pássaro que preso tem o canto triste, mas liberto irradia melodia.
Quisera eu tornar o mundo solitário de mim.
Quisera eu não desejar tanto e não sentir o peso das exigências que eles me cobravam. Nunca quis decepcionar tanto a mim mesma, por não ter conseguido fazer tanto a você, tanto aqueles que já se foram e aqueles que ainda aguardam algum tipo de salvação do meu olhar meio castanho acinzentado, meio metálico, como você adora dizer.
Queria mesmo não ser Angelina, mas talvez Maria, Helena, Joana.
Quisera eu ser Malvina e assim sorrir com todos os meus dentes em outra vida sendo o melhor que posso ser, e não o que esperam e assim surpreender. 

                                                                                             Rayane Ribeiro

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