sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uai.


Ei, sabe como fiz com aquela dor no coração?
Não me venha com receitas e respostas prontas não.
Certo dia, veja só que sacanagem, fui enganado de uma forma tão covarde.
Tomei doril pra ver se aliviada as rachaduras do coração
Mas acontece que a dor apenas riu. A dor riu. Riu de mim.
Maldita. Sádica. Essa danada que me maltrata, me escrachou, é mole?
Endureceu meu ser, amoleceu mais meu coração, tanto que derreteu.
Doeu, sofri, mas daí aprendi a viver sem ele. ( Rayane Cássia)

sábado, 2 de abril de 2011

Escreverescreverescrever.


E teve um tempo que então decidi: vou escrever.
E comecei a escrever loucamente, como quem mata a fome com as palavras, como quem se priva das letras internamente, sendo obrigada ás jogarem para fora com uma enorme repulsa, como que se livrasse das palavras renovasse meu eu, para que então pudesse receber novas e novas palavras para novamente as jogar para fora. Portanto se eu não escrevesse com desespero, com essa ânsia, se as palavras que brotassem na minha alma não fossem lixo para permanecer em meu organismo, eu me entupiria e vazariam palavras sem freios. Quero me esvaziar mas poder contemplar todo este lixo de letras após o vômito, e não me vazar pelos cantos sem recipiente para as deixar partirem de mim. Mesmo que eu não as quisesse deixar escapar, sei que minhas palavras são desonestas, eu até poderia tentar segura-las, mas elas, furiosas como são, usariam até mesmo de meios sujos para escapar, as danadas correm todas para a minha língua e a faz queimar, me dando quase uma obrigação de cuspi-las logo, mas como falar me cansaria e não registraria de forma tão bonita minhas queridas e malditas palavras, só me restou escrever, assim, como quem faz um ato de caridade.

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